O som dos monitores preenchem a sala de parto e logo serão ignorados devido aos meus gritos.
Vejo Vicente entrar acompanhado das enfermeiras que irão auxiliar o doutor Tanaka no parto, acompanhado do médico pediatra do bebê.
— Chegou a hora, amor. — Vicente diz quando está ao meu lado.
— Eu estou com medo. — revelo.
Na verdade, creio que o tremor em meu corpo denuncie o meu pavor, além de estar estampado em meu rosto.
— Eu estou aqui, tá? — Vicente diz na tentativa de me acalmar — Você é a mulher mais forte que eu já conheci.
— E se eu não conseguir...? — pergunto com a voz trêmula.
Sinto uma nova onda de contração, agora mais forte me fazendo arfar.
— Você consegue. — escuto Vicente dizer.
Fecho os olhos tentando me concentrar em qualquer coisa que não seja a dor — missão fracassada.
— Lana, você está indo muito bem. — o doutor Tanaka começa a conversar comigo — A dilatação está quase completa. Agora, precisamos começar a empurrar o bebê para fora.
— Está bem. —