Novos Desafios

ISABELA

Quando a consciência finalmente retornou, percebi que ainda estava esticada no chão frio, mas a sensação de mal-estar havia se dissipado, substituída por uma estranha clareza. Meus músculos protestaram levemente ao me levantar, mas a urgência de sair dali era maior do que qualquer dor residual. Precisava ver Carlos. A vontade de ligar para Rafael, de gritar para ele que minhas memórias haviam voltado, que eu me lembrava de cada detalhe do nosso amor e do carinho de Emma, era quase insuportável. Era um grito preso na garganta, mas algo me dizia que o momento para essa revelação ainda não havia chegado. Havia prioridades.

Caminhei apressadamente para fora do depósito abafado e segui em direção à recepção. A mulher no balcão, com uma expressão cansada, confirmou que eu poderia vê-lo, mas alertou que ele permanecia inconsciente. Assenti, engolindo a frustração, e segui o caminho indicado. O corredor parecia interminável, cada passo ecoando o ritmo acelerado do meu c