Luke
Enquanto me arrumava de frente ao espelho, pensava em como anunciar o meu namoro com Eva em algumas horas. Já havia trocado de gravata três vezes. Eu estava atrasado. Ela já havia ligado e mandado inúmeras mensagens perguntando onde eu estava. Encarei o reflexo tenso da minha figura e respirei fundo.
— Vamos lá. A sua Borboleta está esperando por você — disse para mim mesmo.
Peguei o celular, carteira e a chave do carro sobre a cômoda, antes de deixar o quarto. Entrei no meu veículo e dirigi sem pressa até a casa dos Wangoria. Estacionei um pouco longe, não havia mais vagas próximas à residência. Desci do carro com o presente de Arthur na mão e caminhei pela calçada até a porta aberta.
— Boa noite, senhor — cumprimentou uma moça que recepcionava os convidados na entrada.
— Boa noite. — Entreguei o presente a ela e adentrei na casa.
— Luke, meu rapaz... Como vai? — perguntou Celsius, o avô de Eva.
— Bem. E o senhor? — Apertei a sua mão.
— Dentro do possível, com três angioplastia