Melinda
— Para com isso. — puxei a mão da boca dele.
— Estou nervoso. — mordeu meu ombro como ele sempre fazia quando estava nervoso durante toda a nossa adolescência.
— Ai, Vincenzo! — reclamei, empurrando-o e rindo.
Vincenzo estava sentado na cadeira ao lado da maca onde eu estava deitada. Minha barriga estava exposta e estávamos esperando a doutora, que tinha ido buscar uma fita métrica para medir a altura uterina.
— Você deixava eu te morder antes. — ele reclamou.
— Quando eu tinha uns 15 anos.
Ele fez uma careta engraçada e colocou a mão gelada na minha barriga. Já estava muito frio, eu estava com a barriga de fora e com uma mão grande e gelada sobre ela. Me encolhi com frio e virei de lado olhando para Vicenzo, sorri e estendi a mão para bagunçar seus fios de cabelo preto. Ele fez uma careta como se fosse reclamar, mas depois apenas abaixou a cabeça e fechou os olhos. Continuei mexendo, mas dessa vez com mais calma.
— Olha quem está deixando mexer no cabelo. — brinquei.
— Não c