No dia seguinte, no hospital...
Lorena estava sentada em sua sala de consulta, a luz suave da manhã entrando pela janela. O cheiro de desinfetante e do aroma de café que vinha da sala de espera eram os únicos odores que preenchiam o ambiente. Ela estava visivelmente cansada, com olheiras profundas, mas ainda tentava manter a postura profissional. Camila, sua amiga de longa data, estava ao seu lado, preocupada, observando cada gesto de Lorena. O som do relógio na parede parecia o único ruído no silêncio pesado entre as duas.
— Lore, como você está se sentindo? – Camila perguntou, a voz baixa, quase hesitante. Ela sabia o quanto a amiga estava sofrendo.
Lorena suspirou, os olhos distantes, como se estivesse tentando encontrar alguma resposta que a fizesse acreditar que aquilo era um pesadelo.
— Eu estou péssima, Cami. Ainda nem acredito que ele foi capaz de mentir para mim esse tempo todo e ainda me trair. – Lorena falou com tristeza, a voz