Ana não conseguiu escapar dele. Ao observar a expressão de Leo, sentiu seu coração afundar lentamente. Com o passar do tempo, ela começou a se entorpecer e até pensou que, talvez, sentir dor fosse bom, pois, às vezes, a dor tornava as pessoas mais lúcidas. Como agora, ela realmente precisava pensar em como explicar a situação para Leo. Ela se perguntava se ele acreditaria que tudo poderia ser uma conspiração de Rafaela.
Enquanto ela refletia, a mão de Leo tocou sua coxa, parecendo querer explorar um lugar mais íntimo. A respiração do homem ficou mais pesada, e Ana chegou a sentir um leve cheiro de sangue. No instante seguinte, uma dor aguda a invadiu. Ana gritou e o empurrou.
- Não!
Leo, contudo, parecia enlouquecido e ignorou completamente a resistência de Ana. Com uma mão, ele controlou o braço dela, prendendo-a firmemente na cama, sem se mover.
- Por que não? Quando estava com ele, você também recusava assim ou gostava?
A voz de Leo estava rouca, cada palavra carregada de uma dor re