Tuca
— Você bem podia ter escolhido uma saia mais folgada, Tuca! — resmungo baixinho, enquanto caminho pelo longo corredor, tentando andar o mais rápido possível dentro de uma saia-lápis apertada e sinto o meu corpo esquentar, e consequentemente começo a transpirar também. — Era só o que me faltava! — ralho, parando de frente para a porta, porém, antes de abri-la ajeito alguns fios dos meus cabelos atrás da minha orelha, seco levemente a minha testa com o auxílio de um lenço de papel e respiro fundo.
Assim que adentro a ampla e bem iluminada sala, ouço os sons das vozes masculinas que conversavam animadamente e forço um sorriso para não parecer nervosa.
— Bom dia! — cantarolo, anunciando a minha presença e consequentemente atraindo a atenção do meu chefe, que está sentado de frente para a porta.
— Olha ela ai! — O Senhor Marreiro fala um tanto saudoso, se levantando para me receber com um forte aperto de mão.
— Desculpe o meu pequeno atraso, sabe como é, chegar de viagem tarde da noite