Desde o momento em que atendeu aquele telefonema à tarde, os nervos de Marília ficaram completamente tensionados. Agora, ao encostar a cabeça no travesseiro, o sono a envolveu como uma onda.
Quando estava quase adormecendo, meio confusa, Marília sentiu repentinamente uma presença invasiva muito próxima.
Ao abrir os olhos, viu as luzes do quarto acesas e Leandro sobre ela, apoiado com os braços de cada lado do seu corpo. Nos olhos escuros e profundos dele, ardia um desejo intenso.
Marília demorou alguns segundos para reagir, pensando que talvez estivesse sonhando.
Mas quando o homem se inclinou e a beijou, e seus dedos longos e hábeis começaram a soltar o cinto do roupão dela, ela foi rapidamente trazida de volta à realidade e começou a resistir.
— Leandro, o que você está fazendo?!
O beijo dele se prolongava ao redor da orelha dela, com o hálito quente e a voz rouca:
— O que mais poderia ser? Você mesma disse: eu resolvo o contrato dele e você dorme comigo. Quantas vezes eu quiser.
— A