O estômago roncou.
Ambos ouviram. Marília ficou bastante envergonhada e se afastou dos braços de Cipriano. Estava prestes a dizer algo, mas ele se adiantou:
— Tem só miojo. Quer?
Cipriano não costumava cozinhar em casa. Normalmente, pedia comida por aplicativo. Mas, com o tempo daquele jeito, uma entrega demoraria pelo menos meia hora. Com aquela chuva, os pedidos iam atrasar ainda mais.
Marília assentiu com a cabeça.
Cipriano pegou dois copos de macarrão instantâneo e colocou água quente.
Cada um ficou com o seu.
Ele ainda tinha salsichas no armário.
Marília comeu com bastante apetite.
Depois da refeição, Cipriano cuidou do lixo. Marília pegou o celular e deu uma olhada nas horas. Já eram quase dez da noite.
— Vou te levar pra casa.
— Está chovendo demais lá fora. Dirigir com esse tempo não é muito seguro.
Cipriano olhou pela janela. A rua estava mergulhada na escuridão, iluminada apenas por relâmpagos que cortavam o céu e pelas luzes fracas que mal se destacavam em meio do temporal.