Ouviram-se passos, e logo a porta se abriu.
— Mimi, você chegou.
Marília percebeu que os olhos da tia estavam vermelhos, claramente de tanto chorar, e sua aparência estava exausta.
Ela sentiu o coração apertado.
— Mãe...
Madalena rapidamente enxugou o rosto e sorriu:
— Entre, entre.
Ela pegou a mão da filha e a puxou para dentro, fechando a porta atrás de ambas.
Marília percebeu que o tio também estava lá dentro.
— Pai.
Dimas estava sentado na cadeira, olhou para a filha e acenou com a cabeça:
— Fazer você vir até aqui foi um fardo. Desculpe-me.
— Mimi, eu sabia que você ainda guarda um lugar para mim no seu coração!
Anselmo estava deitado na cama. Ele não conseguia ver ninguém, mas ouviu as vozes e se sentiu satisfeito.
Madalena, irritada, disse:
— Não se valorize tanto, Mimi veio por minha causa. Se não fosse por mim, você estaria morto, e Mimi não se importaria nem um pouco com você. Se você não fosse meu filho, eu também não ligaria para o que acontecesse com você.
Madalena falava