Capítulo 381
Noite adentro.

Raulino entrou no bar e, com um olhar, viu a mulher sentada no balcão, servindo-se de bebida.

Ela, que claramente era uma mulher elegante e culta, tão orgulhosa e forte, também possuía esse lado frágil e indefeso.

Raulino estava com sentimentos mistos, mas ainda assim deu um passo à frente, sentando-se ao lado dela, pediu ao garçom para trazer-lhe um copo de uísque.

Ele se virou para ela, fazendo uma brincadeira:

— Linda, como é que você está aqui de novo, tão tarde da noite?

Helena colocou o copo no balcão, e lágrimas começaram a cair de seus olhos. Ela as enxugou rapidamente, sorrindo de forma autocrítica, e disse:

— Sempre sou flagrada por você em momentos tão vergonhosos!

— O que tem de vergonhoso nisso? Todo mundo tem momentos difíceis. Eu fico com você, vamos beber.

Helena pediu outra dose e, com a voz embargada, falou:

— Raulino, você também acha que sou filha da amante, que eu deveria morrer, que eu deveria ter ficado lá fora e não voltar, que eu deveria ter deix
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