Leandro ficou parado na porta, sua figura alta e imponente imóvel, os olhos negros e profundos ligeiramente estreitados, fixos nela.
Por um instante, ele também ficou atordoado, encarando ela sem piscar.
Marília teve um apagão mental por três segundos. Quando finalmente reagiu, sentiu o sangue subir à cabeça. Instantaneamente, cruzou os braços sobre o peito num gesto defensivo e, completamente desnorteada, gritou:
— V-você... por que não bateu na porta?!
Leandro observou seu corpo nu sem demonstrar qualquer constrangimento. Seu olhar permaneceu fixo, e seus lábios se entreabriram ligeiramente antes que ele murmurasse, com a voz baixa e rouca:
— Mandei minha secretária comprar roupas para você...
Marília percebeu que ele segurava uma sacola, mas o olhar dele era simplesmente ousado demais.
Ela se sentiu envergonhada e furiosa:
— Coloque a sacola no chão e feche a porta!
O homem assentiu, se abaixou para deixar a sacola no chão do quarto e, ao se levantar, não resistiu