O céu começava a escurecer, e todos corriam para voltar para casa. Sempre que o ônibus parava na estação, uma multidão se amontoava para entrar, enquanto os rostos na plataforma mudavam constantemente, um após o outro.
No final, só restou ela.
Marília não sabia para onde ir.
Um Maybach preto parou ao lado da estação de ônibus. A janela se abaixou, revelando o rosto familiar e elegante de um homem.
— Entre.
Marília ficou paralisada por um momento, mas logo se recompôs, respondendo:
— Ah. — Pegou sua bolsa, se levantou e entrou no banco do passageiro da frente.
Leandro dirigiu o carro para longe da estação.
Observando a direção em que ele seguia, Marília disse apressadamente:
— Você pode parar em um hotel, não precisa me levar muito longe. — E acrescentou logo em seguida. — Não precisa ser um hotel cinco estrelas, pode ser uma daquelas redes econômicas. Algo em torno de duzentos ou trezentos reais por noite já está bom.
Leandro parou o carro em um cruzamento e se viro