Os dias passavam arrastados desde o retorno da lua de mel. Alicia tentava manter sua rotina no consultório, atendendo pacientes, anotando dietas, fingindo normalidade. Mas por dentro, era um furacão. Ela mal conseguia dormir. Quando dormia, era tomada por sonhos quentes, sempre com o mesmo protagonista: João.
E isso estava acabando com ela.
Acordava molhada, com os bicos dos seios duros, e o mais cruel — não era pelo marido. Era por aquele homem que não saía de seus pensamentos. O toque áspero das mãos, a boca experiente, a sensação de ter sido possuída de verdade, de um jeito que Roberto nunca conseguiu chegar perto.
Era errado. Ela sabia disso. Errado em todos os sentidos. Mas desejo não tem lógica. Não tem regras. E agora a culpa morava ali com ela, dividindo o peito entre o que ela queria e o que deveria fazer.
Naquela manhã de quarta-feira, o consultório estava calmo. O som leve da playlist ambiente preenchia o espaço, misturado ao barulho baixo do ar-condicionado. Alicia es