CAPÍTULO 6

Chegando na clínica, Pablo queria conversar com urgência com o médico que tinha alguma coisa para revelar.

— O que o doutor tem de tão importante para me falar?

— Saiu os resultados dos exames, foi encontrado substâncias no sangue dela de que ela ingeriu uma droga na bebida fazendo com que ela perdesse os sentidos.

— O que o doutor está querendo dizer com isso?

— Que alguém fez isso com a intenção de matar ela!

— Isso é muito grave, tudo começa a fazer sentido.

— E agora o que pretende fazer?

— Não sei, por enquanto não posso comunicar às autoridades porque não sei quem é essa mulher. Vou me responsabilizar pelos cuidados, vou dar ajuda assistênciais possíveis para que ela recupere sua memória e assim vou saber o que fazer. Tentaram assassinar ela, isso é um fato, a pergunta que não quer calar, é quem?

— Não sou detetive, não é da minha especialidade, mas com certeza deve ser o marido dela.

— E mais ela deve ser uma mulher bem sucedida.

— Como sabe que ela é uma mulher bem sucedida?

— Porque ela dirigia um carro luxuoso.

— É, faz sentido. Deve ser o marido que queria dar algum golpe, é apenas uma hipótese, o que o doutor pretende fazer com os resultados dos exames?

— Como o senhor é responsável por cuidar dela, o certo é entregar a segunda via para o senhor, os originais vão ficar comigo, por questões profissionais.

— Obrigado doutor, assim que ela recuperar a memória vou procurar as autoridades competentes para que investiguem o caso. — Pablo saiu e foi até o salão pagar os custos que o salão de beleza fez. Pelo caminho enquanto se dirigia ficou pensando no que o médico dissera, isso deixou ele preocupado, mais um problema para ele resolver, que era se envolver com a polícia, algo que ela não gostava.

Outra coisa que Pablo não gostava de fazer, era aparecer na imprensa e com certeza quando isso acontecesse teria que dar explicações.

Mas naquele momento que ele queria esquecer um pouco dos problemas, foi diretamente para o salão e quando ele percebeu que o trabalho foi bem feito, então se deu conta de que a misteriosa mulher na verdade era uma mulher fina e elegante e de classe. O corte de cabelo foi excepcional, ficou linda deixando Pablo sem palavras para agradecer o cabeleireiro pelo bom trabalho que acabou de fazer. Ficou encantado por ela, mas que não podia dar bandeira, sua filha ia perceber que ele poderia estar interessado na misteriosa mulher e sabia que sua filha era muito esperta.

Ele pagou o dono do salão agradecendo pelo bom trabalho e foram embora. Para a misteriosa mulher tudo começava do zero. Dentro do carro ela estava olhando as belas paisagens da cidade. Ficava admirada, mas que nada fazia sua memória reagir. Chegaram na enorme mansão de Pablo, Isabel disse alguma coisa que chamou atenção.

— Tenho a sensação que já vi esse lugar?

— Tem certeza? — Perguntou Ana.

— Não tenho certeza, apenas tenho a sensação de que eu vivo numa mansão enorme igual a essa, peço que tenham paciência comigo.

— É claro, que vamos te ajudar em tudo que for preciso para que volte a sua vida normal. — Disse Pablo.

— Assim que eu recuperar a memória vou retribuir com tudo o que eu puder.

— Não estou te cobrando nada, o importante é que a senhora recupere a sua memória. — Os três desceram do carro e entraram dentro da mansão. A mulher misteriosa ficava olhando as belezas do jardim. E na medida que ela olhava o jardim ela começou a ter alguns lapsos de memória.

— Eu já cuidei de jardim em algum lugar, e não é muito diferente do que estou vendo.

— Que ótimo, acredito que a senhora vai recuperar a memória. — Disse Ana. — Ana apresentou a mulher para outros dois irmãos que também ficaram encantados com a simpatia da mulher e isso deixou Pablo mais confuso, se perguntando. “Porque meus filhos estão agindo dessa forma? Eles nunca agiram com as minhas ex mulheres quando eu apresentava?”. Após ter se apresentado para os dois irmãos e os empregados da casa, Ana levou ela para um quarto de hóspedes.

— A senhora vai ficar aqui o tempo que for preciso até recuperar sua memória.

— Gostei muito dessa mansão, ela é muito familiar pra mim.

— Acho que nós vamos nos dar muito bem.

— Também acho, mas amanhã eu preciso fazer alguma coisa para ajudar vocês!

— Não precisa fazer nada.

— Preciso sim, tenho a sensação de que eu fiz alguma coisa, só não lembro o que?

— A senhora é quem sabe, se sinta à vontade aqui, qualquer coisa é só falar?

— Com tanto carinho que estou recebendo de vocês, com certeza que eu vou me recuperar o mais rápido possível. — Ana deu um abraço apertado como ela fazia em sua mãe, Isso deixou a misteriosa mulher emocionada, nunca tinha recebido um abraço tão carinhoso que ela pudesse lembrar.

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