Mundo ficciónIniciar sesión"Quando o mal tentar dominar Atar, duas jovens guerreiras de gênios e energias opostas, vindas de outro mundo, trarão de volta a paz e o equilíbrio"
Leer másSofia Logo que meu corpo se chocou contra o chão, eu sequer me dei tempo de sentir as dores do impacto e, em um só impulso, me levantei. Daniele fez o mesmo. Porém, enquanto eu ficava parada, tentando me situar nos últimos acontecimentos, ela andava de um lado a outro, nitidamente tentando reencontrar a passagem para retornar a Atar. Compreendendo a situação, eu enfim disse algo: — Não adianta, está fechada. — Precisamos voltar. Precisamos voltar agora! Precisávamos. Eu sabia disso. Mas também sabia que não era agindo como duas desesperadas que conseguiríamos. Sendo assim, precisei forçar todo o meu lado racional e ser enérgica para me fazer
Mariana Minha consciência retornou de súbito, juntamente com as memórias aterrorizantes do que eu havia feito. Do que Zaria me obrigara a fazer. Ergui o tronco bruscamente, dividindo meus pensamentos entre o alívio por retomar o controle de meus próprios movimentos, com a confusão por não saber onde eu estava nem como tinha ido parar ali. Enquanto percorria os olhos pelo que parecia um casebre de madeira, tentei recordar dos últimos acontecimentos. Eu tentando matar a Sofia... péssimas lembranças... ela me atacando com algo que parecia gelo e eu revidando com alguma coisa parecida com fogo... o choque dos dois, o tremor, tudo vindo abaixo... e a escuridão. Agora, eu acordava naquele lugar desconhecido. Olhei para baixo, vendo-me sobre cobertas que cobriam um chão
Sofia Eu sempre achei que a noite que se seguiu ao dia da morte da minha mãe seria para sempre a pior de toda a minha vida, mas agora eu vivia outra que a superava. Mesmo porque, a morte dela, em si, parecia estar sendo revivida, adquirindo outro significado ainda mais doloroso na minha vida. Assassinada por uma criatura inescrupulosa e cruel, a mesma que agora tinha em suas mãos a vida de outra pessoa que também se tornara importante para mim. E, em meio ao luto, à revolta e ao medo, vinha também a culpa. Eu havia falhado miseravelmente na missão atribuída a mim. Um missão duplamente atribuída, na verdade, já que agora eu descobria que não apenas era uma das guerreiras esperadas, como era também uma futura
Sofia Nada do que aquela mulher dizia fazia qualquer sentido. Minha mãe se chamava Amanda e era tão terráquea quanto eu. Tinha nascido e passado a vida inteira em uma cidade do interior, vinda de uma família humilde, criada por uma tia já falecida e sem parentes vivos. Foi mãe solteira antes dos vinte, nunca se casou, não fez faculdade e trabalhava na prefeitura. Gostava de cavalos, de feng shui, de paradas místicas e artesanatos. Uma mulher de vida simples e de uma índole maravilhosa, tão humana quanto todas as outras pessoas do meu mundo. Nada de sucessora de um trono em um outro mundo. Não existia qualquer chance, por mais remota que fosse, daqueles devaneios de Zaria serem verdade. Não mesmo! Mas... e se houvesse?&nbs
Mariana Eu não era capaz de imaginar nada que pudesse ser mais aterrorizante do que aquela sensação de falta de controle sobre o meu próprio corpo. Eu não conseguia nem ao menos chorar e, apesar do pavor que sentia, toda a minha musculatura se mantinha firme, sem sequer um indício de tremor. Havia segurança e destreza em minha postura, na forma com que eu empunhava a espada e, até mesmo, na firmeza com a qual eu olhava fixamente para Sofia. Mas eu não sentia nada daquilo. Eu não queria estar ameaçando uma pessoa que eu amava como uma irmã. Ouvi a risada de Zaria e a vi se levantar e vir em minha direção. Parou bem atrás de mim e me abraçou. Senti nojo daquele contato, queria empurrá-la, queria sair dali, mas apenas me mantive im
Mariana Se desse ao que eu sentia o nome de medo, não estaria sendo sincera. Eu estava desesperada, em níveis completamente surreais. Porém, ao mesmo tempo, tinham outras sensações tão ou mais fortes que me mantinham de pé. A maior delas era o desejo de salvar a rainha Morgan. Outra, era o desejo de justiça. Zaria precisava e iria pagar pelos crimes que cometeu. Eu apenas não fazia ideia de como faria isso. Eu tinha achado que o quarto para onde levaram Sofia e eu na noite em que dormimos no castelo era majestoso, mas não se comparava ao local onde estávamos agora. Era o mais puro luxo, o que demonstrava o quanto Morgan se preocupava com o bem-estar de sua prima criminosa. Porém, em meio a todo o co
Último capítulo