CAPÍTULO 44
Anelise ficou olhando, mas pelas gargalhadas, Vicente se tocou, procurou pelos bolsos e encontrou uma nota de cem reais.
— Pode ficar com o troco! — o cobrador arregalou os olhos.
— São quase noventa e cinco reais, senhor! — Ele apenas fez um “beleza”, e prosseguiu, deixando o cobrador atônito. Anelise estava em pé e Vicente quase caiu, precisou se apoiar numa velhinha de bengala.
— Desculpe senhora! Eu não sabia que ficaria tão vulnerável o corpo da gente aqui dentro! — segurou no banco enquanto a velhinha o olhava com cara feia. — A senhora me entendeu? — perguntou novamente, mas a senhora colocou a mão nos ouvidos, então ele percebeu que não conseguiria se comunicar, já que não falava por sinais.
Havia alguns rapazes sentados e ele viu Anelise em pé. Ficou furioso e foi até lá, porém Anelise segurou na sua camisa.
— Está tudo bem, já andei muito de ônibus! — Vicente respirou fundo e parou do lado dela, sabia que ela não gostaria que ele c