Anne,
Fico olhando para ele sem entender as suas palavras. Ele vem se aproximando de mim, mas para no meio do caminho e balança a cabeça negando, não sei o que.
— Me responde, onde está o seu amante? Escondeu ele embaixo da cama ou no armário?
— Que amante, Eduardo? Helen e eu estávamos sendo perseguidas pelo Cláudio, por isso não entramos na igreja na hora marcada. Mas e você, onde estava até agora?
Ele mais uma vez balança a cabeça negando, solta uma risada sem graça e, sem olhar para mim, ele se vira para subir as escadas. Ele vai segurando firme no corrimão, e a sorte dele é que tem, ou ele não ia chegar vivo no andar de cima.
— Amiga, você quer que eu fique aqui com você? — Ele pergunta, segurando em meu ombro. Olho para ela sorrindo, sei que o Eduardo não vai fazer nada comigo, mas não garanto fazer nada com ele.
— Não, Helen, eu preciso conversar com ele a sós. E se tiver que matá-lo, não quero testemunhas para me condenar.
— Sabe que eu te ajudaria a enterrar o corpo e, juntas