Diana
Faziam sete dias desde o momento em que eu tinha aberto os olhos no hospital.
Minha mãe já tinha ido me ver, Carol também, e até toda a família do Ethan tinha passado por lá. Eu lembrava do rosto preocupado de cada um, dos abraços demorados, dos gestos de carinho que tentavam, de alguma forma, me reconstruir por dentro. E, de certa forma, eu ficara feliz em receber tanto afeto… mas a verdade é que, por dentro, eu ainda me sentia quebrada.
Não importava quantas mãos me segurassem, o peso que eu carregava continuava preso no meu peito. Eu me culpava por ter perdido o bebê. Para mim, era minha culpa. Talvez fosse o preço do que eu tinha feito no passado, um carma, uma punição inevitável. Era impossível afastar esse pensamento.
Enquanto encarava o teto branco, sentindo o silêncio pesar sobre mim, uma lágrima escapou pelo canto do meu olho. Eu nem tentei limpar. Estava cansada demais até para isso.
Foi quando ouvi passos se aproximando. Ethan entrou no quarto, com aquele jeito determ