Ethan
Eu não conseguia ficar parado. Andava de um lado para o outro no corredor frio do hospital, sentindo o peso de cada segundo que passava. A cada passo, o som dos meus sapatos ecoava pelo chão, e aquilo só deixava meu peito mais apertado. Eu esfreguei as mãos no rosto, tentando me forçar a respirar direito, mas o ar parecia preso no meio do caminho.
Olhei para a porta fechada e engoli seco. A minha mente não parava de criar cenários que eu queria desesperadamente apagar. Eu já tinha visto pacientes acordarem de um coma e não serem mais os mesmos. Alguns não lembravam de nada. Outros… nunca mais voltaram a falar ou andar. E, por mais que eu tentasse afastar esses pensamentos, eles me agarravam como garras invisíveis.
Fechei os olhos por um momento e sussurrei, quase sem voz:
— Por favor, Deus… — engoli em seco. — Por favor, deixa ela bem.
Eu não era o tipo de homem que pedia ajuda para algo que não podia controlar. Sempre fui o cara que resolvia tudo com as próprias mãos, que manti