Diana
Já se passaram trinta dias desde a cirurgia da minha mãe. Trinta dias que pareceram uma eternidade, mas também uma bênção. Cada dia que ela se recuperava um pouco mais era como respirar fundo depois de passar tempo demais debaixo d’água.
Hoje, finalmente, é o dia da alta. Só de pensar nisso, meus olhos se enchem de lágrimas. Eu me lembro de quando a vi sendo levada para o centro cirúrgico, tão frágil, e agora a vejo sentada na cama do hospital, com um sorriso sereno, aguardando para ir para casa.
— Pronta, mãe? — pergunto, tentando soar animada, mesmo com a voz embargada.
Ela ajeita os cabelos e dá uma risada leve. — Estou mais do que pronta, filha. Estou com saudade da minha cama, das minhas coisas… e, confesso, da minha liberdade.
Ethan entra no quarto nesse momento, trazendo uma sacola com roupas limpas. — Dona Glória, trouxe o que a senhora pediu. Achei que ia querer uma roupa bem confortável para a viagem até a mansão.
Ela o olha com carinho, como sempre faz, e balança a ca