Por mais que pensasse, Alana não conseguia ignorar o quão estranha era toda aquela situação. Primeiro, o vestido de Ayla foi sujado; depois, ela foi levada ao jardim dos fundos. Antes mesmo que Alana pudesse dizer algo, Murilo já havia ordenado que verificassem as câmeras de segurança.
— Eu sei. Não se preocupe, eu vou encontrar quem fez isso. Por enquanto, volte para dentro. Aqui está frio.
Alana ainda estava envolta no paletó dele, que tinha o calor do corpo de Murilo. Aquele gesto aqueceu algo dentro dela. Ele sempre aparecia nesses momentos, quando tudo parecia perdido, quebrando as trevas e trazendo luz. Sem perceber, ela se aproximou mais dele, buscando segurança.
O coração dela ainda batia acelerado. A cena assustadora de minutos atrás agora se transformava em indignação, misturada com o conforto de saber que Murilo estava ao seu lado.
Ela assentiu com a cabeça, caminhando ao lado dele:
— Obrigada. Agora eu te devo mais uma.
O olhar de Murilo ainda era frio, o que deixava claro