Alana sabia, em seu íntimo, que já havia tentado muitas formas de ajudar Ayla. Para fazer com que ela percebesse que não estava mais em perigo, ela e Murilo haviam levado Ayla ao parque de diversões, ao cinema e a vários outros lugares que poderiam fazê-la feliz. No entanto, os resultados foram mínimos.

Por diversas vezes, Alana chegou a questionar se estava no caminho errado com o tratamento. Contudo, era inegável que o estado de Ayla havia se estabilizado. Eles também haviam tentado sessões de hipnose várias vezes, mas sempre que tocavam nas memórias mais profundas, Ayla tinha crises ou desmaiava. Por conta disso, Alana nunca ousou usar métodos mais agressivos.

Gael continuou explicando:

— Intervenções psicológicas não consistem em resolver tudo de uma vez. É mais como dar pequenas sugestões, pistas que, pouco a pouco, ajudam o paciente a "escapar" do trauma. É como um jogo de fuga, onde a solução vem com calma, um passo de cada vez.

Alana entendeu a analogia e perguntou:

— Doutor, r