Alana sentiu os olhos marejarem. Encostou-se na janela e riu suavemente:
— Parece até que faz muito tempo que não nos vemos.
— Faz três dias. Você não sente a minha falta? — Perguntou Murilo.
— Já respondi isso agora há pouco. — Alana pensou por um momento antes de acrescentar. — Sinto, sim.
Ela desejava poder tocar o rosto dele, encostar-se em seu peito, ouvir as batidas fortes de seu coração e segurar aquela mão quente e reconfortante.
Mas, naquele momento, tudo o que podia fazer era encostar a mão na janela fria, incapaz de atravessar a distância de quatro andares para alcançar a mão dele, que também estava estendida na direção dela.
— Não consigo segurar sua mão. — Disse Alana, baixinho.
Murilo abriu a porta do banco do carona e tirou um ursinho de pelúcia rosa:
— Bonito, não acha?
— É lindo, mas eu não consigo pegar. — Respondeu Alana, com uma pontada de tristeza.
— Veja se consegue encontrar uma corda. — Sugeriu Murilo.
Alana começou a revirar o quarto, procurando por algo que pu