Murilo lançou um olhar frio e cortante:
— Não é da sua conta.
— Sr. Murilo, eu só queria ser gentil e ajudá-lo a encontrar o caminho. — Disse Isadora, com um sorriso forçado e claramente desconfortável.
— Não precisa. — Respondeu Murilo, continuando a andar sem sequer diminuir o passo.
Isadora observou a figura dele se afastando, sentindo a raiva subir até a cabeça. Ela bateu o pé no chão com força, mas sua insatisfação foi maior que sua dignidade, e ela correu para alcançá-lo novamente.
— Sr. Murilo, amanhã é o seu aniversário. Será que o senhor poderia me dar um convite? — Perguntou Isadora, piscando os olhos de maneira exagerada, tentando parecer inocente.
Infelizmente para ela, desta vez Murilo sequer se deu ao trabalho de olhar para ela. Ele seguiu em frente, caminhando diretamente na direção do consultório psicológico.
Isadora ficou parada por alguns segundos, encarando o homem que se afastava. Então, percebeu para onde ele estava indo. Não era Ayla que ele procurava, mas sim Ala