Alana lavou as mãos novamente, aumentou o fogo ao máximo e colocou a carne comprada no supermercado na panela com azeite. O chiado alto encheu o ambiente, enquanto o vapor quente subia e atingia seu rosto.
O suor começou a se acumular em sua testa. Quando ela levantou a mão para enxugá-lo, Murilo apareceu com um pedaço de papel e limpou o suor para ela.
— Obrigada. — Disse Alana, em voz baixa.
Murilo jogou o papel no lixo, limpou as próprias mãos e começou a cortar os vegetais. Suas mãos eram claras, com ossos elegantes, e a faca de aço em suas mãos parecia uma extensão natural, quase uma obra de arte. Sob o contraste dos vegetais verdes, suas mãos pareciam ainda mais brancas.
Alana olhou para ele por um momento. Ela ainda sentia o toque da mão dele em sua testa, e sem perceber seu rosto ficou vermelho.
Ela retirou a carne da panela e disse:
— Murilo, pode lavar os pimentões para mim?
— Claro. — Murilo respondeu imediatamente, colocando a faca de lado e pegando os pimentões par