Camila não era tão exigente quanto Lucas. Ela olhou para o relógio no pulso e disse:
— Vamos comer aqui mesmo. Trocar de sala vai dar trabalho, e você ainda tem compromissos à tarde.
Jorge, sempre atento, levantou-se rapidamente ao ouvir isso:
— Camila, você e o Lucas fiquem à vontade. A gente vai para outra sala.
Vanessa, que estava tranquilamente comendo, murmurou de boca cheia:
— Pra quê trocar? É só um almoço. Dá pra comer aqui mesmo, sem complicação.
Jorge segurou o braço dela como se estivesse carregando um pintinho e a arrastou para fora da sala. Ele chamou o garçom e pediu outra sala reservada.
Vanessa, já sentada em uma das cadeiras, estava visivelmente irritada. Ela cruzou os braços e reclamou:
— Que mania de complicar tudo! Trocando de sala pra quê? Eu já estava morrendo de fome!
Jorge, com um cigarro entre os lábios, acendeu-o com calma. Ele olhou para ela de canto de olho, com uma expressão despreocupada, e soltou:
— Com essa sua falta de noção, é um milagre você estar viv