— Falei demais. — Gustavo fechou os olhos por um instante, tentando conter a amargura que lhe subia à garganta.
Ele levou a xícara de café aos lábios, tomou um gole e ergueu os olhos para Camila:
— Você podia muito bem ter guardado a carta do tesouro para si. Por que não fez isso? Com sua inteligência e contatos, não seria difícil encontrar o tesouro.
O olhar de Camila era firme e transparente:
— Desde pequena, meu avô me ensinou que devemos ser íntegros e corretos. O que não é nosso, não devemos cobiçar.
Gustavo esboçou um sorriso afetuoso:
— Boa menina. Não esperava menos de alguém criado por José.
Camila sorriu de leve:
— Sr. Gustavo, continue tomando seu café. Eu vou voltar ao trabalho.
— Certo. Assim que terminar de restaurar o quadro, voltaremos ao Brasil para desenterrar o tesouro.
Camila hesitou por um momento:
— Eu também vou?
— Você é nosso talismã da sorte. — Respondeu Gustavo com um sorriso cheio de malícia. — Foi você quem encontrou o mapa. Para achar o tesouro, é