Era a voz de Maria. Aquele tom inconfundível de professora, cheio de autoridade, impossível de não reconhecer.
Camila, surpresa, tentou empurrar Lucas, o olhar cheio de aflição.
Mas Lucas, sempre calmo, manteve o braço envolto na cintura dela e, sem pressa alguma, virou-se para Maria, sorrindo com elegância e charme:
— Sra. Maria, boa noite.
Maria tinha acabado de voltar de uma aula de dança, o corpo ainda suado pelo exercício. Lançou um olhar frio e desinteressado para Lucas, dizendo, em tom ríspido:
— Já que se divorciaram, pare de tirar vantagem da Camila.
Apesar das palavras duras, por dentro ela pensava: “Esse Lucas, como é bonito! Que rosto, que corpo! É de tirar o fôlego...”
Lucas soltou a cintura de Camila, mas continuou segurando sua mão. Na penumbra da noite, as sombras das folhas caíam sobre o rosto dele, ressaltando sua beleza com jogos de luz e sombra. Ele sorriu com tranquilidade:
— A senhora está enganada. Agora estou namorando a Camila.
Maria não aguentou e riu alto. Q