Isadora era a irmã dele. Claro que Diego não queria que algo de ruim acontecesse com ela.Na estrada, um Maybach preto corria como um relâmpago, ignorando os limites de velocidade e as áreas de radar. O motorista pisava fundo no acelerador, a ponto de quase perder o controle do volante. Mas, para Isadora, não era rápido o suficiente. Assim que entrou no carro, ela comprou uma passagem para um voo que sairia em meia hora. Tudo o que precisava era chegar ao aeroporto a tempo, e estaria a salvo nos Estados Unidos. Quando o aeroporto finalmente apareceu à distância, uma moto da polícia surgiu ao lado do carro. Pelo alto-falante, ouviu-se uma ordem: — Encoste o veículo imediatamente! — Não pare! — Gritou Isadora, histérica. O motorista, assustado, não teve coragem de desobedecer. Ele pisou ainda mais fundo no acelerador, e o carro disparou novamente. Enquanto tentava se recompor, Isadora viu, aterrorizada, mais motos da polícia surgindo dos dois lados, acompanhadas de viaturas q
Alana entrou no elevador e respirou fundo. Ela não era nenhuma garotinha, precisava manter a calma, manter a compostura.Quando as portas do elevador estavam prestes a fechar, uma mão as impediu. Murilo entrou e se aproximou lentamente. Sua postura elegante exalava um perfume amadeirado de cedro. Alana sentiu sua cabeça girar. Parecia que o elevador inteiro estava impregnado com aquele aroma, e suas bochechas ficaram quentes, ardendo. Ao tocar o rosto, percebeu que estava muito vermelho. Murilo olhou para ela com preocupação e colocou a mão em sua testa:— Não está quente. Alana ficou imóvel, sem conseguir respirar. Aquele toque era quente e firme. Quando ele retirou a mão, seus olhos seguiram o movimento até ela desaparecer no bolso da calça dele. — Eu não estou com febre. — Declarou ela, com firmeza. — Eu sei. — Ele respondeu, inclinando-se de repente, aproximando-se de Alana. Sua voz saiu baixa e suave. — Está envergonhada? Alana desviou o olhar, incapaz de encará-lo dir
Alana saiu da mesa quase correndo e voltou para o quarto. Ela foi até a penteadeira e ficou se olhando no espelho, observando seu rosto corado. O que Roberto quis dizer com aquilo? Murilo estava tentando conquistá-la há muito tempo?Embora Alana soubesse dos sentimentos de Murilo, as palavras de Roberto sugeriam que ele a amava há bastante tempo e que vinha tentando conquistá-la por um bom período. Isso parecia... surreal.Ao sair do quarto, Alana viu Ayla debruçada sobre a mesa, tirando um cochilo. Roberto e Luiza já estavam completamente apagados por conta do álcool. Mas onde estava Murilo?Alana notou uma sombra se movendo na cozinha. Ela caminhou até lá e viu Murilo mexendo em uma panela. Só quando se aproximou, sentiu o cheiro amargo familiar. Era, novamente, a infusão de hortelã. Como esperado, Murilo saiu da cozinha segurando uma tigela com a bebida:— Saiu do quarto? Beba isso. Eu vi que o pacote de chá de hortelã na geladeira ainda estava quase cheio. Você claramente não tem
— Ela pode até ter errado, mas você não pode simplesmente deixá-la na prisão, pode? Isadora estava apenas defendendo você! Aquela vadia cometeu adultério durante o casamento e ainda levou tanto dinheiro! Sua irmã estava apenas tentando fazer justiça por você, como pode não ajudá-la? — Luana falou, apontando o dedo para o rosto de Diego.Telma tentou convencer Diego também:— Diego, afinal, ela é sua irmã. Isso também afeta a reputação da família Arruda. Na última vez, muitas pessoas zombaram da família Arruda. Desta vez, temo que...Ela, no entanto, não estava preocupada com Isadora. O que realmente a preocupava era a reputação da família Arruda.Luana olhou para ela com gratidão:— Telma, você é mesmo tão sensata e atenciosa. Sempre pensando em tudo.Diego franziu levemente a testa. Ele sabia muito bem que Telma tinha razão. Se fosse apenas Alana, as coisas seriam mais fáceis de resolver. Mas agora, Murilo estava claramente mirando a família Arruda.— Na verdade, o que define a gravid
Assim que Murilo abriu a porta do quarto de Alana, seu coração disparou de forma incontrolável. Ao tocá-la, percebeu que sua pele estava escaldante.Sem perder tempo, Murilo a pegou nos braços e a levou imediatamente ao hospital.O relógio marcava duas da manhã quando chegaram, e só por volta das cinco o quadro febril de Alana começou a melhorar. Durante todo esse tempo, Murilo não pregou os olhos nem por um instante, mantendo-se atento ao frasco de soro e observando constantemente o estado dela.— Você não vai sair do hospital novamente. — Declarou Murilo, com uma firmeza inquestionável.Alana olhou para ele e, ao notar sua expressão, soube que ele estava claramente irritado.— Obrigada por tudo. — Disse ela, com um sorriso sem graça.Murilo riu, mas era um riso carregado de frustração. Ela agradecia de maneira tão distante, como se ele fosse um estranho.— Obrigada? Não diga mais isso. — Retrucou Murilo, inclinando-se de repente na direção dela. O movimento o aproximou demais, e Al
A supervisora da enfermagem olhou para Murilo com um pouco de preocupação. Será que tinha dito algo errado?— Hm, pode sair agora. — Disse Murilo, em um tom tranquilo.Assim que a enfermeira saiu, Alana lançou um olhar furioso para ele:— Você... você acabou de...— O que foi que eu fiz? Você ouviu o que ela disse, não ouviu? — Murilo respondeu, com um sorriso enigmático enquanto a encarava. Ele ainda teve o descaramento de lamber os lábios, o que fez Alana ficar ainda mais irritada. Sem conseguir conter a vergonha, ela se virou de lado, tentando ignorá-lo.Era humilhante. Tudo havia sido visto pela enfermeira, que ainda pensou que eles eram namorados. O rosto de Alana estava incrivelmente vermelho, muito mais do que havia ficado por causa da febre. E o pior de tudo era que Murilo continuava ali, rindo abertamente enquanto a observava. Sabendo que estava sendo provocada, Alana tentou descontar sua irritação. Mesmo com dificuldade para se mover, ela levantou a mão e deu um tapa no omb
Telma observou a reação de Diego, sentindo-se irritada, mas conseguiu esconder seus sentimentos.— Você é que é vergonhosa! Uma sem-vergonha! Viemos aqui para negociar a paz, e você só pensa em dinheiro! Não foi o suficiente o que já te demos? Casas, dinheiro... O que mais você quer para deixar a Isadora em paz? — Gritou Luana, encarando Alana com fúria.— Esse dinheiro foi Diego quem me devia. E, quanto à "reconciliação", eu não vou aceitar. — Respondeu Alana com frieza.— Você acha que tem escolha? — Luana deu um passo à frente e riu com escárnio. — Não pense que a família Coelho vai te proteger para sempre. Murilo é o tipo de homem que nunca vai gostar de você. Ele pode até fingir que te protege agora, mas está apenas se divertindo. Alana, não se iluda. Você não significa nada para ele. Ele sequer reconheceu você como algo mais.— O que você está dizendo para a minha namorada? — Uma voz fria ecoou pelo quarto.Murilo havia acabado de entrar com o café da manhã. Ele colocou os itens
Diego, vendo a expressão de Murilo, não se atreveu a dizer mais nada. As palavras de Luana haviam servido como um alerta. Sua impulsividade quase o fez esquecer de quem estava diante dele.— Alana, posso fazer com que Isadora peça desculpas a você. Também posso te oferecer uma compensação financeira. Diga um valor, e farei o possível para atender. — Disse Diego, tentando soar conciliador.Alana manteve o rosto frio enquanto olhava para ele. Sua voz saiu gelada:— Não é necessário. Por favor, saiam.O rosto de Diego imediatamente se transformou, a expressão caiu em frustração. Telma e Luana também ficaram visivelmente incomodadas, surpresas com a firmeza de Alana.— Já que você não quer, então também não vamos insistir. Mas depois não venha chorando nos implorar. — Luana lançou um olhar cheio de ódio para Alana antes de sair.Ao deixar o hospital, Diego ficou cada vez mais irritado ao lembrar-se da humilhação. Ele balançou a cabeça, frustrado.— Eu já sabia que ela não aceitaria a recon