— Não é quem publica primeiro que está certo, Vanessa. Todos os dados, documentos e evidências estão comigo. Tenho até os e-mails trocados com cada especialista que participou das pontuações. Se você continuar negando, eu vou levar isso ao tribunal. E, quando isso acontecer, não serão apenas os líderes da universidade que saberão. Eu vou exigir sua responsabilização legal e tornar tudo público. — Declarou Alana com firmeza.O Diretor Tim e os demais líderes finalmente entenderam o que estava acontecendo. Eles não eram tolos, todos já haviam escrito ou avaliado teses antes.O Diretor Tim lançou um olhar frio para Vanessa:— Vanessa, você roubou a tese de outra pessoa. A universidade vai entrar em contato com o periódico para esclarecer os fatos.— Diretor! A tese já foi publicada! Como você pode fazer isso? Isso vai prejudicar a reputação da Universidade Turman! — Protestou Vanessa, desesperada. O Professor Igor interveio primeiro, com um tom severo: — Vanessa! Você realmente acha q
Murilo abriu a mensagem mais recente em seu celular. Era um áudio. Ele clicou para ouvir e reconheceu imediatamente as vozes de duas pessoas: uma era a de Alana; a outra, de uma mulher desconhecida.Ayla também ficou surpresa. Não eram apenas as vozes de Alana e da mulher. O áudio também incluía a voz do Diretor Tim. — Ah! Quero ver o que essas pessoas que difamaram Alana vão dizer agora! Foi aquela professora que roubou a tese de Alana! — Comentou Ayla.Além disso, Ayla conseguiu reconhecer a voz do Professor Igor no áudio. Era óbvio que o áudio fora gravado durante uma reunião. Animada, Ayla começou a escrever vários comentários felizes abaixo da gravação. — Irmão, Alana está bem agora! — Disse Ayla, sorrindo. Murilo, no entanto, não parecia tão empolgado. Seu rosto mostrava uma expressão sombria. — Vou te levar para casa primeiro. — Disse ele. — Não vai esperar a Alana? — Vou deixá-la em casa e depois volto para cá. Ayla arregalou os olhos, surpresa:— Irmão, então me
Alana de repente se lembrou de Murilo, que anteriormente havia preparado chá de folhas de hortelã para ela. Decidiu fazer o mesmo, colocando água na panela e preparando uma tigela do chá para si.O incidente de plágio envolvendo a dissertação foi resolvido rapidamente. Em menos de dois dias, o trabalho escrito por Vanessa foi excluído, e a universidade fez um comunicado público de reprovação. Além disso, a administração tomou medidas imediatas, emitindo uma nota oficial criticando Vanessa e anunciando sua expulsão. Enquanto Alana terminava de ler o aviso oficial em seu escritório, recebeu uma ligação do Instituto de Publicações Acadêmicas. Sem rodeios, a pessoa do outro lado foi direta: — Professora Alana, este artigo que a senhora escreveu tem um significado muito importante. Após sua publicação, gostaríamos de discutir a possibilidade de incluí-lo nos arquivos do instituto. Alana não demonstrou pressa. — Após a publicação, entrarei em contato com vocês. Ao mesmo tempo, o
— Ela? Ela está muito bem! Tem gente cuidando dela, não vai morrer. — Disse Vanessa, com um tom frio e sombrio.Os olhos de Alana estavam cheios de preocupação. Ayla já tinha traumas psicológicos e era extremamente sensível a estímulos. Agora, em uma situação de sequestro, havia grandes chances de ela ter uma crise.— Ayla tem problemas psicológicos. Ela não pode passar por situações de estresse. Me leve até ela. Se eu vê-la bem, eu escrevo o que você quer!Alana tentou falar em um tom mais calmo, percebendo que Vanessa estava à beira de um colapso emocional. Era evidente que o problema com a dissertação tinha abalado profundamente Vanessa, levando-a a tomar atitudes tão extremas.Alana tentou novamente, suavizando ainda mais as palavras:— Professora Vanessa, não se esqueça de que, antes de ser expulsa, você também era uma professora. Você ensinou na Universidade Turman por muitos anos. Ayla foi sua aluna. O papel de um professor deveria ser o de proteger seus alunos, não o contrário.
Murilo não parecia nada bem. Ele perguntou, com urgência: — Você está bem? — Eu estou ótima, irmão. Estava tirando fotos. O que aconteceu? — Disse Ayla, visivelmente preocupada. Murilo respirou fundo, tentando se acalmar:— É a Alana. Ela foi te salvar.— Me salvar? O que você quer dizer com isso? — Ayla arregalou os olhos, confusa. Murilo rapidamente abriu a porta do carro:— Não temos tempo. Entre no carro, eu explico tudo no caminho! Ayla entrou no veículo imediatamente. Já no carro, Murilo explicou toda a situação.— O quê? Como isso é possível? Meu celular estava sem bateria, eu nem atendi nenhuma ligação! — Disse Ayla, chocada, enquanto procurava o aparelho na bolsa. No banco do passageiro, o assistente de Murilo estava focado em rastrear as informações da placa do carro.Murilo apertava o volante com força. Naquela tarde, ele estava em uma reunião quando recebeu uma ligação de Alana. No entanto, ao atender, ela não dizia nada. Ele insistiu várias vezes, mas ninguém r
Nesse momento, Alana pulou para uma plataforma entre o segundo andar e o chão.Ela saltou da plataforma e correu em direção à saída principal, conseguindo escapar do prédio.Vanessa rapidamente entrou em seu carro e começou a persegui-la, mas Alana desviou para lugares onde era difícil dirigir. Após um tempo, finalmente conseguiu despistar Vanessa.Mesmo assim, ela não ousou pegar uma estrada principal, temendo ser encontrada novamente. Alana continuou correndo por uma trilha estreita, mas já estava exausta. Seus pés estavam feridos e cheios de bolhas, e sem um celular, ela já corria há quase uma hora sem encontrar ninguém.Um estrondo de trovão ecoou pelo céu. Alana não fazia ideia de onde estava. Tudo o que via ao seu redor era um campo aberto, sem nenhum lugar para se abrigar da chuva.Ela continuou correndo o máximo que podia, mas logo sentiu as primeiras gotas de chuva caindo sobre sua cabeça, molhando seus cabelos. Em pouco tempo, sua roupa estava completamente encharcada. Um fri
Murilo observava Alana, que estava deitada na cama do hospital, tomando calmamente a sopa de abóbora. Na sua mente, a imagem dela desmaiada sob a chuva forte continuava a aparecer. Ele se lembrava de como ela caíra na tempestade, e isso fazia seu coração se encher de um vazio insuportável.Murilo caminhou silenciosamente até a janela e olhou para o gramado verde atrás do hospital, onde algumas flores começavam a desabrochar. Os botões estavam fechados, mas prestes a se abrir.Enquanto observava, ele viu um paciente agindo de forma suspeita, aproximando-se do gramado. O homem estendeu a mão e arrancou o caule de uma das flores. O coração de Murilo deu um salto, e sua expressão ficou sombria. Naquele instante, imagens sombrias invadiram sua mente. Ele visualizou uma garota ensanguentada caída em uma poça de sangue, enquanto outra jovem chorava desesperadamente antes de desmaiar. A cena era tão vívida que fez suas pernas fraquejarem. Ele precisou se apoiar na parede com uma das mãos, en
Os olhos de Vanessa começaram a se encher de lágrimas. Seus lábios tremiam levemente enquanto ela dizia:— Mas você com certeza não vai me perdoar. E, além disso, hoje eu também cometi um crime.— Eu tinha a intenção de te deixar em paz. Você já foi expulsa da escola, e a minha tese foi republicada. Agora, tanto o Instituto de Publicações Acadêmicas quanto a revista de psicologia estão disputando para confirmar a publicação comigo. Eu não preciso acabar com você.Alana olhou para Vanessa com sinceridade. Não parecia que ela estava mentindo.Vanessa encarou Alana, incrédula.— Não pode ser! Não pode ser! — Ela começou a gritar, se debatendo. — Ela me disse que você queria acabar completamente comigo! Fui expulsa, tentei abrir um consultório, mas ela disse que você não deixaria. Eu não tinha outra escolha! Eu estava desesperada, então pensei em fazer você escrever tese para mim.Alana questionou:— Mesmo que eu escrevesse para você, acha que conseguiria publicar?— Sim! Ela disse que me