Diferenças do Amor (Paraplégico)
Diferenças do Amor (Paraplégico)
Por: Feel Books
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– Vamos Sara, vamos. 1,2 3,1 2,3.

Adoro praticar Luta Livre, meu ex namorado me apresentou esse esporte a um ano atrás e simplesmente amo praticar, pois como o nome já diz "luta livre", e isso quer dizer vale tudo!! E eu adoro isso.

Há um ano atrás vim visitar o ginásio com o meu ex para ver ele praticando, e com o tempo fui visitando mais vezes e quando eu vi eu já estava praticando a luta, comei a praticar três vezes por semana e como é de costume todo mundo quando começa é uma merda e eu não era exceção, mais com muito treino e dedicação hoje eu bato em vários musculosos aqui do ginásio.

Acabando o treino pego a minha bolsa e coloco o fone no ouvido e começo a ouvi Maps do Marron 5, e vou caminhando até o dormitório que eu divido a mais de três anos com a minha amiga Samantha. Vamos nos formar no final desse ano, e falta pouco, apena um mês. Eu vou me formar em literatura e realizar o meu sonho de trabalhar com livros, que é a minha paixão.

Entro no dormitório e vejo uma Samantha com os olhos inchados e vermelhos e com o seu pijama rosa, mais conhecido como o pijama que cuidas de todas as feridas... Só que não.

– Samantha, está tudo bem?

– Não, aquele babaca do Arthur terminou comigo. – diz ela fungando. Samantha  está com esse tal de Arthur acho que um mês, mas no fundo eu já sabia que isso não se passava de uns pegas.

– Ah Samantha , sinto muito por tudo isso que você esta passando. – dizendo isso fui abraçar a minha amiga, acho que eu já disse essa frase umas quinze vezes só esse ano, mais eu como uma amiga solidária tenho que consolar Samantha.

– Sabe Sara, tenho que entrevistar uma pessoa hoje mais não vai dar, estou quase desmoronando.

– Então marca para outro dia!

– Não dá Sara, se não for dessa vez não vai dar mais, e essa entrevista é muito importante já que é para uma matéria para a escola!

– E o que você quer que eu faça? – Praticamente bufo, eu odeio quando a Samantha não faz as coisas dela, porque sempre sobra pra mim fazer!!

– Vai no meu lugar!!

– Nem pensar Samantha!

– Por favor Sarinha – E ela fica me olhando com aquela cara de cachorro sem dono e eu não consigo dizer não pra ela, mais que DROGA!

– Há que horas eu tenho que estar lá?

– Daqui a duas horas- ela diz sussurrando

– O QUE? Samantha, eu tenho que tomar banho e me arrumar! Será que vai dar tempo?

– Claro que vai dar tempo, vai logo tomar banho! – ela diz como aquelas mães mandonas. E eu vou mais antes mostro a língua pra ela.

Só a Samantha mesmo pra me meter em uma dessas, vou para o banheiro e tiro todo o suor do meu corpo e saio do box e sigo para o meu quarto me enxugando e passo a minha loção favorita de baunilha.

Pego uma cinta liga, uma saia, uma blusa que gruda no corpo, um trench coach vermelho e para completar o look uma bota cano baixo preta. Me viro para o espelho e fico satisfeita com o que vejo.

Lembro do meu ex me falar que eu sou linda que o que ele mais amava em mim era os meus olhos azuis e o meu cabelo cor de fogo. Eu não tenho baixa estima, eu sou bonita e desde que eu comecei a praticar a luta livre o meu corpo está mais tonificado e mais durinho e com essa roupa eu me sinto ótima.

Deixando esses pensamentos de lado, rumo até a sala atrás de Samantha  mais ela não está lá, vou até o seu quarto e a encontro sentada com o seu macbook no colo.

– Onde estão as perguntas Samantha ? – Ela olha pra mim e dá um sorrisinho.

– Nossa você está linda, aqui estão as perguntas e o gravador, obrigadooo!! – dizendo isso ela vem em minha direção e me abraça e eu retribuo o logo ela diz.

– Agora vai se não você vai se atrasar- assinto e quando eu estou quase saindo do quarto eu me lembro que eu nem perguntei quem seria que eu iria entrevistar. Assim eu abro a porta novamente a Samantha me olha.

– Samantha, quem é a pessoa que eu vou entrevistar?

– O nome dele é Gael Devenuto - Diz Samantha

Penso em seu nome, mas nada me vem à mente, ia perguntar mais coisas sobre ele, mas Samantha praticamente me enxota do quarto dela.

– Vai Sara, você já está atrasada e pegue o meu carro, aquele seu carro é um perigo.

Mostro minha língua para Samantha  e saio do quarto, ela fala isso a mais de três anos.

– Já estou indo, Até mais.

– Boa sorte.

Vou até o estacionamento e ligo o carro e sigo até o endereço, o bom que essa empresa é aqui mesmo em Nova York e eu não vou chegar atrasada, vou conseguir chegar as dez em ponto. Enquanto não chega até o local, ligo o rádio do carro para distrair um pouco e tirar o nervosismo, assim que ligo está tocando Magic do Coldplay umas das músicas favoritas.

Depois de alguns minutos eu chego no endereço que Samantha  me passou, estaciono e dou de cara com uma plataforma escrita Devenuto Enterprise. Entro e me dirijo a recepcionista loira.

– Sara Ventura por Samantha Carter.

A loira me entrega um crachá de visitante e diz para mim seguir até o último andar. Agradeço sigo até o elevador, entro e aperto o botão para o último andar.

Quando saio do elevador e entro no último anda, vejo mais loiras, aqui está parecendo um pesadelo de loiras!

Assim que chego no campo de visão delas, ela me oferecendo água, café e algum lanche, coisa que eu neguei, e assim aguardei até ser atendida.

– Senhorita Ventura o senhor Devenuto já irá atende – lá.

Pov. Gael

Viro a minha cadeira de rodas para ver a vista de Nova York , está um belo dia e poderia estar melhor, se não tivesse nada me atrapalhando como a senhorita Samantha Carter vem fazendo! A mais de meses eu recebo e-mails dela para uma entrevista, ela insistiu tanto que eu decidi ceder essa entrevista para ela.

Viro a cadeira para minha mesa para acabar de ler um documento que eu estava analisando, algo referente a nova tecnologia de um celular, que eu não sei o que eu vou fazer sobre ele.

Escuto um bater na porta e falo pra entrar.

– Senhor Devenuto,a senhorita Ventura está aqui pela a senhorita Carter.

Hum, Senhorita Ventura? Definitivamente não era quem eu estava esperando. O que será que aconteceu com a senhorita Carter que não pode comparecer a entrevista?

– Mande-a entrar.

– Sim Senhor.

Ajeito a lapela do terno e aguardo a senhorita Ventura entrar.

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