Mavi
O desespero do homem é tão grande, que acaba me desesperando também. Ele nem se quer me deu espaço pra eu tomar um banho ou ao menos prender o cabelo, e já saímos de casa correndo.
Ele está impaciente na recepção do hospital, da pra ver de longe enquanto meu nome ainda está longe de ser chamado.
Mavi: tá tudo bem, cara. Relaxa.
Badá: sangue nunca tá tudo bem.
Mavi: você é muito pessimista.
Badá: AE! — ele da um grito na recepção que até eu me assunto, a recepcionista olha pra ele assustado — vai demorar muito pra minha mulher ser atendida? Ela tá grávida e sangrando.
— deveria ter dito isso quando fez a ficha dela. — ela responde.
Badá: que diferença faz agora? É uma emergência de qualquer forma. Ninguém sai de casa essa hora da noite pra passear no hospital, qual foi mano? Tá me tirando?
— Senhor, o médico já vai atender ela.
Badá: senhor tá no céu. Se demorar mais 10 minutos pra ela ser atendida, vou metralhar essa porra tudo aqui.
Mavi: para com isso. — falo entre os