Ele me observou por alguns minutos.
— Eu pensei que você estivesse no hospital.
Assenti.
— Eu estive, mas aí alguém tentou invadir nosso mainframe e eu precisei encerrar as tarefas que me haviam sido atribuídas.
Os olhos de Vince se estreitaram.
— Por quê? Você devia estar em casa, se curando.
Ergui o olhar do meu computador e deixei os olhos passarem pela tela do laptop. Setenta por cento.
— Acho que nós dois sabíamos por que eu queria amarrar as minhas pontas soltas. — Encarei-o por um minuto antes de voltar ao computador.
Ele pigarreou.
— Eu não acho que saiba.
Eu resmunguei, com desdém. Um novo ataque começou, e eu mantive Vince no canto do olho enquanto ele se acomodava à minha frente.
— Você podia fingir ser burro com qualquer outra pessoa, Vince, mas eu sabia a verdade. O rei tinha enviado para você o meu pedido de transferência. Nós dois sabíamos que ele tinha.
Ele me encarou por alguns minutos.
— Eu não sabia disso. — Continuou me encarando. — Mas digamos que ele tenha enviado