Terminei de me vestir quando alguém bateu à minha porta. Caminhei até lá, ainda enrolando o cabelo na toalha, e a entreabri. Toya enfiou uma taça de vinho na minha mão e entrou antes de fechar a porta.
— O que houve? — Sentei-me na cama e tomei um gole. Eu sabia que Toya tinha algo na cabeça e que viera aqui para colocar para fora antes de chamar as outras.
— Eu estava pensando no que você disse… sobre as primeiras famílias.
Assenti.
— O que tem?
— E se você estiver certa? E se todas nós tivéssemos sido aproximadas pelos deuses de quem descendemos e agora estivéssemos aqui? — Ela andava de um lado para o outro no quarto.
— E se tivéssemos? — Dei de ombros e tomei outro gole. — Isso incomodava você?
— E não incomodava você? A gente foi empurrada, forçada a estar na vida uma da outra, e agora estamos aqui. — Ela me encarou. — A gente não tinha livre-arbítrio?
Eu a encarei enquanto dava um gole mais longo.
— Você não gostava de ser minha amiga?
Ela estalou a língua.
— Claro que eu gostava