Capítulo 285
Eu despejei tudo em uma tigela sobre o balcão. Do que, diabos, ele estava falando? Conferi os outros bolsos dele por precaução antes de me erguer. Peguei a pá, virei-me para o homem e para a cova, mas, antes que eu pudesse cobrir a cova, senti uma mão no meu ombro.

Eu me virei e, então, vi minha avó, a tristeza marcada no rosto.

— Não sei o que devo fazer.

— Eu sei, amor, é por isso que estou aqui. — Ela se inclinou e beijou minha bochecha. — Pegue um punhado de terra.

Ela indicou o monte com um aceno. Eu larguei a pá e peguei um punhado, depois me virei para encará-la com expectativa.

— Carl, ou melhor conhecido como Carlithaen, o xamã de outrora. Nós o deitamos para descansar, para se juntar à Deusa da Lua. Que os campos dela sejam claros e frescos. Que seu lobo e você corram juntos por toda a eternidade.

Ela assentiu para mim e eu fui soltar a terra, porém algo me deteve.

Minha avó se voltou para mim, e eu pude ver a confusão no olhar dela.

— Eu...

— Siga o seu instinto.

Eu respirei
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