Hunter Blood Moon
— Em um orfanato? — repeti, estreitando os olhos quando Dylan me informou para onde Hailey tinha ido.
Eu já sabia que ela roubaria. Facilitei tudo de propósito, queria entender até onde sua ousadia chegaria. Roubar as joias não me surpreendeu. Mas quando vi, pelas câmeras, que ela encheu a bolsa com biscoitos amanteigados, potes de pasta de avelã e outras guloseimas, algo me atingiu de forma estranha. Confusão.
Ela não pegou o champanhe de milhares de dólares. Não tocou no caviar. Nem sequer se aproximou das peças de colecionador. Apenas coisas simples. Coisas que, para ela, tinham valor.
Recostei na cadeira do escritório, os olhos presos na tela. A mansão inteira estava sob meu controle: cada corredor, cada sala, cada canto. Os únicos lugares sem câmeras eram os quartos e os banheiros.
Até mesmo o closet eu havia cercado de olhos eletrônicos, só para ter certeza. Para confirmar, sem sombra de dúvida, que ela me roubaria em algum momento.
E voilà.
Suspirei, afastando