Hailey Silverstar
Tinha que admitir: aquela garota, Layla, sabia criar um climão. O resto da noite entre Hunter e eu desmoronou quase completamente. Depois que ele a colocou para fora, prometendo que conversariam no dia seguinte, qualquer chance de proximidade, qualquer clima entre nós, desapareceu como fumaça.
Deitamos lado a lado na cama dele em silêncio, o sono se recusando a chegar, ambos tomando cuidado para não nos tocar acidentalmente. O silêncio era quase palpável, quebrado apenas pelo tic-tac distante do relógio na parede. Meu corpo parecia grudar na borda da cama; cada movimento mínimo carregava eletricidade. Hunter estava ao meu lado, mas havia uma distância deliberada entre nós — espaço que ambos respeitávamos, mesmo que a presença dele fosse avassaladora.
Eu podia sentir o calor dele, o aroma que provocava em mim uma mistura de conforto e inquietação. Queria me mover, virar-me para encará-lo, tocar sua mão… mas havia medo, orgulho, e tudo o que nos separava naquele momento