Martha preparou um gostoso banho para Helena e lhe deu apoio. As pernas vacilarvam, sem forças para lhe dar sustentação. Ajudou-a a se deitar na banheira e se dispôs a lhe fazer companhia. Helena parecia ter os movimentos difíceis, como se estivesse atrofiada.
— Ei, escuta. - Martha a chamou. - Você ficou muito tempo parada, não foi?
— Parada e drogada. Todo dia, três dardos por dia. - Helena confessava. - Nos primeiros dias apanhei muito, era até um alívio. Depois, sei lá, aquilo foi me deixando nervosa, até revidei algumas vezes, mas, por fim, era o alvo da prática de tiro. Alguns dias e tudo me dava enjoos. Essas ondas de calor infernais... - Helena suspirou.
— Está sem os hormônios? - Martha perguntou.
— Faz tempo. - Helena confirmou, de cabeça baixa.
— Vou providenciar. Está melhor com parte de seus reis aqui? - Martha tinha a expressão bonita e divertida.
— Achei que conseguiria me despedir. - Ela suspirou, se esparramando na banheira. - Mas parece que Rafael não estava pronto