— Não imaginei que Rafael a estaria escondendo neste cativeiro. - Gracia sorriu, maternal. - Sabe? Não é a melhor das propriedades dele, mas é boa, segura e perto de tudo. - Ela deixava sobre o balcão muitos itens de café da manhã. - Mantenho tudo abastecido para os meninos. Quem sabe onde dormem no fim de cada dia? - Ela suspirou. Helena começava a ajudar a guardar as coisas depois de lhe servir uma caneca de café. - Delicioso. Raramente tive um café tão saboroso.
— Obrigada, senhora Cervantes. - Helena se encabulava, terminando a tarefa.
— Vão morar juntos? - Gracia se acomodou, bebericando o café.
— Na verdade, não. - Helena não sabia como reagir. - Ele só me deu um lugar para dormir esta noite. Vou encontrar um lugar para ficar até a hora do almoço.
— Bobagem. - Gracia brincou. - Os olhos dele brilham, menina. Deveria espremer até o tutano dos ossos do meu filho. - Ela disse, jocosa.
— Senhora Cervantes, lamento, mas creio que haja um mal entendido. Eu e o Rafael... - Helena co