Capitolo ventottesimo: Eu preciso contar à ele.
Cecília esfregou os olhos para tentar se acostumar com a claridade do quarto e hesitou em se levantar. Já havia amanhecido e para ela, a noite havia passado tão rápido, que ela nem se quer percebeu.
Ela puxou o edredom da cama e se ajeitou, virando para o lado e de repente, aquela sensação de solidão a invadiu.
Ela havia sonhado com a sua avó; mais uma vez. A mais velha estava em uma cadeira de balanço, segurando uma linda bebê de cabelos alaranjados.
A criança era linda e não tinha como ser Cecília, pois no sonho, ela ia até a avó, brincar com a criança no colo dela.
O sorriso da senhora, o semblante de tranquilidade e a paz que ela transmitia, era como se ainda estivesse ao lado de Cecília.
De repente, a ruiva se sentiu triste; mais que o comum.
Ela estava pronta para se levantar, quando alguém de algumas batidas na porta e abriu.
— Bom dia senhora! - Disse Mercês, outra das empregadas da casa. — O senhor Scopelli pediu para que a senhora o encontre no celeiro.
— Certo, obrigada! -