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ANTON

            Alguns dias se passaram sem que eu soubesse como sair daquela situação.

            Duas vezes por dia alguém aparecia e jogava comida por entre as grades, geralmente um homem com uma expressão raivosa e arrogante. Nós três dividíamos a comida sentados na cama e conversávamos aos sussurros sobre sair dali e voltar para casa. Isso relaxava Anna, mas deixava Sarah meio depressiva, e eu cada vez mais ansioso para me ver do lado de fora, num local aberto e livre.

            A possibilidade de Ully estar ali era baixa, eu tinha dado uma boa margem para ela escapar. Pelo menos era o que eu tentava me convencer todos os dias, senão acabaria enlouquecendo.

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