A avó ainda não havia recobrado a consciência e continuava internada na UTI.
Separada por um vidro transparente, Helena permanecia do lado de fora, olhando para dentro, perdida em pensamentos. A cada segundo que passava, o tempo parecia se arrastar em um sofrimento interminável.
Agnes, com o coração apertado, vinha frequentemente trazer sopas nutritivas para Helena.
Mas como ela teria apetite? Em apenas dois dias, já havia emagrecido visivelmente, com o rosto ainda mais fino e abatido. Agnes tentou persuadi-la, mas sem sucesso, restando apenas a opção de ficar ao lado dela em silêncio.
Manuel e Alice também apareciam de vez em quando para ajudar no que fosse possível.
Ao ver Helena sem comer nem beber, ficando cada vez mais fragilizada, Alice encostou a cabeça no ombro do irmão, chorando baixinho:
— A Helena está sofrendo tanto... Por que o Bruno fez isso? Isso é cruel demais para ela!
Manuel sabia o motivo, mas não podia dizer.
Porque a verdade era ainda mais cruel.
Naquela tarde, Dio