Era como agora: Ian esperou ela descer do carro e disse baixinho:
— Jéssica, parece que você não fez a menor cerimônia para me receber.
"Homens também gostam de cerimônia, poxa vida!"
Jéssica desceu devagar, subiu as escadas e o abraçou. Logo foi envolvida nos braços dele, com o rostinho afundado no peito firme. Uma das mãos dele descansava atrás de sua cabeça, como quem acariciasse um cachorrinho, e do alto vinha a risada leve e descontraída dele:
— Jéssica, eu também senti sua falta nesses dois anos.
Ela murmurou baixinho:
— Eu não disse que senti sua falta.
Ian sorriu, sem rebater. Afinal, se fazer de difícil e nunca falar o que sentia de verdade era uma tradição da família Lima, o tio Eduardo fazia o mesmo. Ele se preocupava que a garota fosse lerda demais na questão amorosa, mas pensou que talvez fosse melhor assim... Ele poderia ensiná-la devagar, afinal, tempo não faltava.
Os três chegaram ao 26º andar. Ian e o assistente Ribeiro foram para a reunião, deixando Jéssica com a secr