A saúde de Elder piorava. Sem quimioterapia, os médicos vinham à tarde para aplicar soro e analgésicos. Diante das crianças, ele se mantinha todo arrumado, e quando tinha mais energia, ainda as ajudava nos estudos.
Ao entardecer, no pavilhão externo da mansão, uma espreguiçadeira foi colocada. A Amélia providenciou especialmente um travesseiro bem macio, para que o Elder pudesse ficar deitado lá de forma bem confortável. Sob a sombra das árvores, o Ian brincava com as irmãs. A Paloma suava na ponta do nariz, enquanto Jéssica, ainda fraca depois da cirurgia, observava sentada ao lado. Ian deu uma balinha de ameixa à Jéssica, que colocou na boca e sorriu, sentindo uma doçura imensa.
Paloma, cansada, correu para o pai pedindo colo. Elder tentou, mas não conseguiu levantá-la. Paloma, pequena e inocente, continuou de mãos estendidas, esperando pelo abraço. Vendo isso, Elder sentiu uma tristeza profunda no coração. Ele acariciou sua cabeça, dizendo com a garganta apertada:
— Amanhã, o papai