— Você não é solteira? Então não deveria ter esse tipo de preocupação. — Falou ele.
O dorso da mão dele roçou no braço dela, trazendo um quê de ambiguidade, mas logo ele a soltou.
Yasmin já estava exausta depois de um dia inteiro e não queria perder tempo com ele, mas não podia se descontrolar naquele momento. Ela se forçou a manter a compostura, falando:
— Não tem nada a ver com eu estar solteira ou não. Nestes dois anos eu nunca fiquei para jantar. Sr. Eduardo, por favor, me dê licença.
— Sr. Eduardo...
Eduardo repetiu devagar aquelas duas palavras, rindo de leve, mas o riso não chegava aos olhos. Seu semblante era todo pura agressividade masculina, embora ele tenha logo se contido, porque lá embaixo ecoou o som de saltos altos, seguido de uma voz suave:
— Eduardo, a cozinha disse que já podemos servir o jantar.
A mulher tinha postura clara de dona da casa, o que só fez Yasmin se sentir ainda mais deslocada.
Ao sair, ela não pôde evitar um certo constrangimento. Só quando entrou no c