O Jardim de Infância Arte Lebron era o mais exclusivo da Cidade D, a anuidade chegava a exorbitantes duzentos mil reais. As crianças que estudavam ali vinham de famílias extremamente ricas ou muito influentes. Ninguém ousava provocar ninguém.
Helena chegou ao jardim de infância e foi direto para a sala da diretora. Lá dentro estavam duas crianças: uma era Marina, filha de Rui, e a outra era um garotinho bem pequeno.
Ele era baixinho, tinha pele clara e era muito bonito.
Além de bonito, havia algo nele que fazia Helena sentir que ele lhe era familiar. Parecia que ela já o tinha visto antes.
O menino, ao vê-la, fixou os olhos nela, como se quisesse correr até ela, mas se conteve.
Isso porque Marina o segurou. A menina olhou para cima, com os olhos cheios de lágrimas, e falou, toda manhosa:
— Tia...
Helena acariciou a cabeça dela, mas não conseguiu evitar olhar para o garotinho.
Marina se virou, colocou as mãos na cintura e, encarando Gonçalo, declarou:
— Esta é minha tia. Ela vai se casa