Quem abriu a porta foi Ana.
A noite em Cidade B estava fria e gelada, e Bruno usava apenas um casaco leve, mostrando que havia vindo às pressas.
Ana o avaliou por um momento e disse baixinho:
— A Presidente Helena já está dormindo. Se for algo importante, falamos amanhã.
Mas Bruno não podia esperar e disse:
— Vou esperar por ela na sala de estar.
Ana quis dizer algo, mas ficou calada.
Nesse momento, Helena apareceu. Ela vestia um robe de algodão, o cabelo preto estava solto e um pouco bagunçado sobre os ombros, e seu rosto mostrava cansaço. Olhou para Bruno por um tempo e finalmente disse:
— Entre e fale.
Bruno entrou na sala de estar. Ana preparou uma xícara de chá para ele e voltou para seu quarto.
A luz era amarelada, e Bruno olhou para Helena por um tempo antes de dizer em voz baixa:
— Não falta muito tempo, a Melissa só tem três meses de vida.
O sorriso de Helena ficou mais apagado. Ela perguntou:
— E se ela não morrer, Bruno? Você vai me arrastar para sacrificar a mim e ao nosso