Vinte minutos depois, o carro de Jacó parou em frente à casa de Helena. Era uma casa independente, projetada no estilo tradicional brasileiro, discreta, mas cheia de personalidade e elegância.
Gisele desceu do carro, apertando levemente a bolsa em suas mãos. Ela não conseguiu evitar a sensação de nervosismo que a dominava.
Jacó pegou os presentes no porta-malas e, ao ver Gisele parada e com o corpo tenso, olhou para ela com atenção e se aproximou.
— Está com medo?
Gisele mordeu o lábio inferior e balançou a cabeça com firmeza:
— Não estou. Vamos.
Assim que entraram no jardim, os dois foram recebidos por uma melodia de piano suave e envolvente.
A música parecia uma brisa leve que flutuava pelo corpo, atravessando os órgãos como se limpasse qualquer peso. Ao mesmo tempo, lembrava uma chuva delicada, que acariciava gentilmente a pele. Toda a confusão do mundo — as intrigas, as disputas e o barulho da vida cotidiana — parecia desaparecer como ondas recuando para o mar. Entre o céu e a terr