Isabella Duarte Ricci
O gosto de Dimitri ainda estava nos meus lábios quando a realidade me atingiu como um soco. Só que, dessa vez, foi eu quem o acertei primeiro.
Minha mão se fechou em um punho firme, e antes que pudesse hesitar, meu soco acertou em cheio o rosto dele. O impacto foi forte, e Dimitri cambaleou um passo para trás, levando a mão ao maxilar.
— Droga, Isabella! — Ele resmungou, massageando o local.
Meus pulmões ardiam, o peito subia e descia rápido, e eu sentia uma mistura de raiva, frustração e algo que eu me recusava a nomear.
— Eu não gosto mais de jogar com você, Dimitri — cuspi as palavras, minha voz carregada de rancor. — Se veio até aqui achando que pode aparecer e me beijar como se nada tivesse acontecido, está enganado.
Ele ergueu os olhos para mim, e eu odiei o que vi neles. Não era arrogância, nem aquele olhar convencido de sempre. Era algo diferente. Algo que me fez sentir como se estivesse prestes a cair em um abismo.
— Eu não estou jogando —